"Desde o momento em que nascemos somos exploradores, num mundo complexo e cheio de fascínio. Para algumas pessoas, o interesse pode desaparecer com o tempo ou com as pressões da vida, mas outras têm a felicidade de mantê-lo vivo para sempre."
Gerald Durrell

Ciência no Jardim

'Desde o momento em que nascemos somos exploradores, num mundo complexo e cheio de fascínio. Para algumas pessoas, o interesse pode desaparecer com o tempo ou com as pressões da vida, mas outras têm a felicidade de mantê-lo vivo para sempre.' Gerald Durrell

Você sabe quanto de carbono seu jardim sequestra?

Como podemos ‘limpar’ nossa atmosfera de todo gás carbônico excedente? Há vários sequestradores de carbono, plantas são um deles. Sendo assim, todo jardim sequestra carbono. Mas, quanto carbono seu jardim sequestra?

Agapanthus africanus ou Agapanthus praecox?

Leigos e viveiristas identificam dois Agapanthus comuns nos jardins como Agapanthus africanus e Agapanthus orientalis. (...) Qualquer Agapanthus designado ‘africanus' no comércio de plantas é quase certamente Agapanthus praecox.

A margarida não é uma só flor

Quem diria que uma das flores mais populares de nossos jardins, a margarida, pertencente à família Asteraceae, e, portanto, parente dos girassóis, crisântemos, entre outras, não é uma só flor, mas a reunião de muitas flores?

Plantas que fogem do jardim

Parece estranho plantas ‘fugirem’ do jardim, mas é isso mesmo. Plantas podem escapar do cultivo reservado do jardim e invadir áreas de florestas e campos naturais, tornado-se uma grande ameça à biodiversidade.

21 de ago. de 2011

Toninho e a jararaca

Moro na rua dos Antônios. São tantos Antônios que eles são identificados pelos nomes das esposas, como o Antônio da Vanda, por exemplo. Outros pelo apelido como o Totó. Um desses Antônios é o Toninho. Um jovem senhor de 89 anos, que vive correndo de um lado para o outro com seu fusquinha branco. No ano passado ele foi picado por uma jararaca. Ele está bem. Foi ele que me contou essa história.

A casa do Toninho é uma casa antiga, com porão e piso de madeira. Para não dar cheiro de mofo na casa ele cobre o piso do porão com folhas de eucalipto. Mas, periodicamente ele tem que trocar as folhas que perdem o cheiro. Numa dessas trocas ele desceu até o porão. E, vá saber lá porque, nesse dia ele não estava com seu velho par de botas. Ele foi puxando as folhas e juntando num monte. Uma jararaca dormia no porão no meio das folhas.  Como o porão é escuro o  Toninho não viu a jararaca e puxou a bichona junto com as folhas.  A jararaca despertou e percebendo o perigo armou e deu o bote na perna desprotegida de Toninho. Ele viu a jaracaca, mas não teve tempo de se safar. A picada já estava dada. Ele precisava agir rápido. Pegou uma ferramenta que estava à mão e acertou a jararaca. Pegou a bicha e levou para fora. Correu até a casa. Chamou a esposa e avisou do acontecido. Precisa ir urgente ao hospital. Chamaram um dos filhos que foi dirigindo. Ele já sentia as dores do efeito do veneno na perna. Rapidamente chegaram ao hospital ele foi atendido e medicado. Por muitos meses ele ficou sentindo a perna, mas pouco tempo depois lá estava ele correndo prá lá e prá cá com seu fusquinha.

No final da nossa conversa perguntei ao Toninho: -Quantas serpentes o senhor já viu na vida? -Muitas. Quando era jovem era mais comum encontrar serpentes. Hoje nem tanto. -E, quantas vezes o senhor foi picado? -Só dessa vez. -E, porque o senhor acha que foi picado? -Estava descalço num lugar onde cobras podem se esconder. Fui incalto.

M. Eiterer